A diástase abdominal é uma condição que afeta milhares de pessoas, principalmente mulheres no período pós-parto, mas também homens e pessoas sedentárias. Ela ocorre quando há o afastamento dos músculos retos do abdômen, formando um espaço na região central.
O que muitas pessoas não sabem é que existem diferentes tipos de diástase, classificados de acordo com a intensidade da separação e os sintomas apresentados. Cada grau exige cuidados específicos e pode ter impactos distintos na saúde, na estética corporal e até na postura.
Neste artigo, vamos detalhar os principais tipos de diástase, seus sinais, riscos e tratamentos recomendados.
O que é diástase abdominal
Antes de entender os tipos, é importante lembrar: a diástase é o afastamento dos músculos retos abdominais. Esse afastamento acontece quando o tecido que os une (linha alba) se enfraquece e não consegue manter a sustentação adequada.
O resultado é um espaço visível e palpável na região central do abdômen, muitas vezes acompanhado de abaulamento.
Veja também: Exercícios para diástase: Como fortalecer o abdômen e recuperar a musculatura
Classificação dos tipos de diástase
Os tipos de diástase geralmente são classificados em graus de separação: leve, moderada e grave.
1. Diástase leve
- Abertura entre os músculos: até 3 cm
- Sintomas comuns:
- Abaulamento discreto na região do umbigo
- Sensação leve de fraqueza abdominal
- Pouco ou nenhum desconforto lombar
- Tratamento: geralmente responde bem a exercícios específicos de fortalecimento do core profundo, como respiração diafragmática, prancha modificada e abdominal hipopressivo.
2. Diástase moderada
- Abertura entre os músculos: entre 3 e 5 cm
- Sintomas comuns:
- Protuberância visível ao contrair o abdômen
- Dores lombares ocasionais
- Alteração leve na postura
- Tratamento: exige acompanhamento de fisioterapia pélvica ou funcional. Exercícios devem ser adaptados para não agravar a separação.
3. Diástase grave
- Abertura entre os músculos: acima de 5 cm
- Sintomas comuns:
- Abaulamento acentuado e constante
- Dor lombar frequente
- Dificuldade para sustentar atividades do dia a dia
- Possível comprometimento da função abdominal
- Tratamento: pode ser necessário considerar cirurgia corretiva (abdominoplastia), principalmente quando exercícios e fisioterapia não apresentam resultados satisfatórios.
Diástase abdominal x excesso de gordura
Muitas pessoas confundem diástase com gordura localizada. No entanto, são condições diferentes:
- Diástase: afastamento muscular, visível como um “vão” ou abaulamento.
- Gordura abdominal: acúmulo de tecido adiposo, que aumenta o volume da barriga sem separação muscular.
É importante diferenciar para não buscar soluções equivocadas.
Como identificar o tipo de diástase
Um teste simples pode ser feito em casa, mas a confirmação deve ser feita por um profissional:
- Deite-se com os joelhos flexionados.
- Coloque os dedos sobre a linha central do abdômen, próximo ao umbigo.
- Eleve levemente a cabeça e os ombros, ativando o abdômen.
- Sinta o espaço entre os músculos.
O número de dedos que “cabem” nesse espaço ajuda a identificar o grau. Ainda assim, o diagnóstico mais preciso é feito por exames clínicos e de imagem.
Impactos da diástase nos diferentes graus
- Estético: quanto maior a separação, maior a saliência abdominal.
- Funcional: diástases moderadas e graves comprometem a força do core, afetando postura, respiração e até evacuação.
- Saúde: dores lombares e sobrecarga na pelve são comuns em graus mais avançados.
Exercícios recomendados de acordo com os tipos de diástase
Para diástase leve
- Respiração diafragmática
- Abdominal hipopressivo
- Prancha modificada (com joelhos no chão)
- Elevação pélvica
Para diástase moderada
- Fortalecimento do transverso do abdômen com acompanhamento
- Exercícios de contração isométrica
- Treinos funcionais de baixo impacto
- Fisioterapia pélvica especializada
Para diástase grave
- Exercícios leves podem ajudar no suporte, mas a resposta costuma ser limitada.
- O acompanhamento médico e fisioterapêutico é essencial.
- Em alguns casos, a correção cirúrgica pode ser a solução definitiva.
Exercícios que devem ser evitados em qualquer tipo de diástase
- Abdominal supra tradicional
- Abdominal infra
- Exercícios de prancha longa sem adaptação
- Movimentos que aumentem a pressão intra-abdominal sem controle
Erros comuns no tratamento da diástase
- Achar que apenas exercícios tradicionais vão resolver o problema.
- Ignorar acompanhamento profissional, principalmente em casos moderados e graves.
- Voltar cedo demais a treinos intensos após gestação.
- Usar cintas ou faixas como solução definitiva.
Cada tipo de diástase exige um cuidado específico
Conhecer os tipos de diástase é essencial para adotar o tratamento certo e evitar complicações. Em casos leves, exercícios focados podem trazer ótimos resultados. Já em graus mais avançados, a combinação de fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia pode ser necessária.
O mais importante é não negligenciar o problema e buscar ajuda profissional sempre que houver dúvidas.
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